quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Criança também sofre de insuficiência renal

Por Martha Alexandrino*
A insuficiência renal em crianças e adolescentes é uma condição grave que pode afetar o desenvolvimento, a escolaridade, o bem estar social e emocional desses pacientes. A doença é definida como a falência parcial ou completa dos rins e pode ser aguda ou crônica. O paciente que sofre de insuficiência renal crônica está em situação bem mais delicada, uma vez que a doença é silenciosa, se instala de forma progressiva e irreversível. Os sinais de falência do órgão aparecem quando já perdeu mais de 70% da função. As principais causas de insuficiência renal crônica na infância são as malformações ou obstruções das vias urinárias (dificuldade na drenagem da urina), as nefrites (doenças inflamatórias que acometem os rins), as doenças que cursam com cistos renais (rins policísticos), rins malformados e as doenças renais hereditárias (herdadas da família). Os pais devem prestar atenção a sinais e sintomas que podem indicar a evolução da doença. Inchaço, vômitos freqüentes, infecções urinária de repetição, atraso no crescimento e desenvolvimento, problemas ósseos, anemias de difícil tratamento e hipertensão arterial podem ter ligação direta com o problema.Na criança e no adolescente, um tratamento conservador bem conduzido, objetivando um transplante renal como uma primeira modalidade de substituição da função renal, deverá ser prioritário para minimizar o sofrimento das crianças e seus familiares.É importante compreender o quanto é complexo ter uma criança ou adolescente portador de insuficiência renal crônica. A vida do paciente terá de se moldar ao contexto da doença como: freqüência a hospitais, máquinas de diálise, medicações, profissionais de saúde, restrições alimentares e hídricas, além de procedimentos agressivos, como colocação de cateteres e fístulas.O paciente e a família devem ter assistência especializada, já que o processo a que as crianças com insuficiência renal são submetidas é muito delicado e afeta toda estrutura familiar.
* Martha Alexandrino é nefropediatra do Hospital Professor Edmundo Vasconcelos
(Fonte:Yahoo Brasil Noticias)
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